segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Joice Hasselmann diz que houve participação do senador no esquema

 Foto: Akira Onuma (O Liberal)Foto: Akira Onuma (O Liberal)  O envolvimento do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) na Operação Lava Jato vem sendo minunciosamente estudado pela jornalista Joice Hasselmann, uma das mais renomadas blogueiras de política do País, que coleciona um batalhão de seguidores no ambiente virtual.

Ela, que durante anos foi colunista da revista Veja, esteve em Belém esta semana, participando do XIII Encontro de Revendedores de Derivados de Petróleo, e lançou seu livro “Sérgio Moro — A História do Homem Por Trás da Operação Que Mudou o Brasil”, uma biografia do juiz que comanda a operação.
Joice pensa que a Lava Jato terá um desenrolar surpreendente e conta que o senador paraense teve participação decisiva no esquema de corrupção – que o ajudou a custear a campanha em 2014, de seu filho Helder Barbalho ao governo do Pará. Assista a entrevista em vídeo.
Embora derrotado por Simão Jatene, Helder conseguiu se firmar na política nacional graças às manipulações do pai. Ela diz que tanto os Barbalhos, como os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), estão muito próximos de serem alcançados pelas investigações.  
“O Renan responde a doze inquéritos no STF e não tem uma denúncia ainda. Isso é o que me faz não entender como o Janot está em cima disso. O Jucá é um ‘ministro miojo’, chegou lá e depois de três minutos já teve que sair do ministério, e o Jader Barbalho foi citado pelo Sérgio Machado (presidente da Transpetro)”, dispara. A jornalista afirma que as investigações apontam desvio de Jader superior a R$ 4 milhões. “As informações dizem que ele levou bom dinheiro em propina”, acusa a jornalista.
As investigações dão conta de que parte do dinheiro foi usado para pagar uma dívida de R$ 100 mil dólares com o advogado dos Barbalhos. “O restante teria sido entregue em espécie a um funcionário da empresa do filho dele. Jader teria oferecido aos demais envolvidos inclusive um banco para fazer a logística, se apropriando de um dinheiro sujo e dando uma cara de dinheiro limpo”, revelou.
Para Hasselmann o “caixa um” na campanha de Helder, dinheiro teoricamente usado de forma legal, era recurso roubado. “Essa quadrilha acabou se instalando no poder e conseguiu usar até os tribunais eleitorais como lavanderia, porque eles roubavam dinheiro das subsidiárias da Petrobras e esse dinheiro era usado teoricamente como doação legal. Se tinha propina, roubalheira que se passava pelos tribunais, eles agiam como lavanderias. Jader está envolvido nessas investigações e terá que responder”, argumentou.
A blogueira diz que as delações recentes envolvendo Renan Calheiros, Romero Jucá e Jader Barbalho, fruto das gravações do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, deram uma “chacoalhada” inclusive no Pará. “Se você olhar o valor das campanhas e o valor que o cidadão ganha enquanto senador, é perceptível que algo está errado. Mas o Brasil está acordando e o Pará também”, assegurou.
Para Joice, até o final deste mês Dilma Roussef deve ter seu impeachment confirmado, e o Brasil deve entrar em uma nova fase. “Com o encerramento efetivo do Governo Dilma, o presidente interino, Michel Temer poderá começar a trabalhar, porque ele está barrado em muita coisa. A sua equipe econômica, que é um jatinho, está voando como um teco-teco”, comparou.
Quanto à escolha dos ministros de Temer, Joice disse que há nomes para se comemorar e outros para se lamentar. “Eu fui contra a nomeação do Helder. Para mim, ele está na bancada do lamento, por questões que deve explicar, ele não é um candidato a santo”, ponderou. Ela reforça que Temer fez um ministério precisando fazer aliados nos mais diversos partidos, inclusive o seu.
“O PMDB é uma coisa implosiva. Não tem um, tem um milhão de PMDB’s. O Renan Calheiros é o grande inimigo do Temer dentro do PMDB. Para quem não sabe, eles se bicam o tempo todo e um não consegue derrubar o outro porque são duas figuras que sabem fazer política”, afirmou. Para ela, o futuro do Brasil depende de nomes novos. “Toda eleição é sempre a mesma coisa. É hora de começarmos a pensar em algo verdadeiramente novo”, concluiu.

Fonte: Portal ORMNews
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