sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Mudança climática deve se estender até o mês de dezembro, segundo o Disme

 Já está mais seco o clima no Pará, segundo levantamento divulgado ontem pelo 2º Distrito de Meteorologia (Disme), e a umidade relativa do ar já alcança níveis considerados perigosos, sobretudo no sul - onde já chegou a 20% e resultou na temperatura máxima de 40,8°C, no município de Conceição do Araguaia -, e no norte do Estado, onde existe a possibilidade de registro de uma baixa histórica para 45%.  
O meteorologista José Raimundo Abreu, chefe do Disme, ligado ao Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), aponta que o Pará tem uma fase mais seca, que no norte do Estado começa em agosto e vai até o final de novembro ou início de dezembro. Nesse período, a temperatura deve subir ainda mais. A situação mais preocupante, destaca, é de fato a que ocorre na região sul, pois a umidade baixa chegou ao nível de perigo estimado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 20%. Nesse nível ou abaixo, há riscos de doenças respiratórias, principalmente para organismos acostumados a uma umidade maior.

Foto: Fábio Costa/ O LiberalFoto: Fábio Costa/ O Liberal 
Para a população - principalmente idosos, bebês, fumantes e quem sofre de alguma doença respiratória -, o momento é de hidratação constante e de muita atenção a sintomas de gripes ou resfriados durante todo o período. Nas ruas, aumenta consideravelmente a venda de água e outras bebidas e grande parte das pessoas adota o hábito de sair de casa com sombrinhas que lhe permita aplacar a intensidade do sol. Além disso, o agronegócio pode ser afetado pela escassez des chuvas, cuja incidência está bem abaixo da média,
A baixa de umidade, mesmo que não chegue aos níveis considerados alarmantes, pode causar problemas aos organismos que não estejam habituados a ela. A pneumologista Lúcia Sales, do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), ressalta que qualquer variação pode causar desconforto. No mínimo, pode provocar respostas do organismo com o objetvio de se adequar à mudança e compensar a falta de umidade. Por conta disso, as pessoas podem apresentar secreção - o que pode levar a congestão nasal - tosse ou espirros. Idosos, crianças, grávidas, fumantes e pessoas com problemas respiratórios são as mais prejudicadas.
“É possível notar esses sintomas num período de três a cinco dias. Então o organismo se adapta e os sintomas passam”, explica a médica. Segundo ela, se a situação começar a se prolongar, pode ser necessário procurar um médico, porque secreção acumulada é cultura de micro-organismos, que se reproduzem e podem gerar outros mais agressivos. “As doenças respiratórias podem ser agravadas, como asma e rinite e os fumantes podem desenvolver bronquites”, alertou Lúcia.
Para amenizar os efeitos da baixa umidade, José Raimundo e Lúcia recomendam umidificar o ambiente, principalmente na hora de dormir, com baldes ou bacias com água. Ventiladores não devem ser apontados diretamente para as pessoas, mas devem ser dispostos de modo a fazer circular o ar e ventilar todo o ambiente ou ligados no modo de exaustão. Os aparelhos de ar condicionado devem estar muito limpos e, se o clima estiver seco demais, não devem ser usados sem um recipiente com água no local. Ingerir líquidos também é fundamental para evitar doenças na garganta. Se as vias respiratórias estiverem secas demais, o uso de soro fisiológico em spray nasal também é recomendado pela médica.
Natalina dos Santos, de 70 anos, diz que sua respiração está pesada com o clima seco. “Dá um desespero. Ficamos procurando frescura, sempre que dá, tomando banhos, bebendo líquidos. Sair, só com sombrinha. Está muito quente mesmo”, atestou.
“Está horrível. Para quem tem criança pequena, principalmente. Elas ficam cheias de alergias. Ele está com várias”, comenta Daniela Dias, referindo-se e mostrando o filho de dez meses. “Ele chora muito na hora do calor. Já eu, preciso beber bastante água e comer frutas. O mesmo para ele”, acrescentou.
“Conheço gente que está com problemas e reclamando do clima, até na minha família, apresentando tosse e outros sintomas. Está quente demais e isso prejudica”, relatou Rosilene Raiol.

Fonte: Portal ORMNews
  
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