sexta-feira, 29 de maio de 2015

Aumento no preço, restrições ao fumo e tratamento pelo SUS reduzem o vício

 

 

A proporção de fumantes na capital do Pará diminuiu 53,3% em nove anos. Segundo dados do Vigitel 2014, apresentados ontem pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, em Brasília, atualmente, 7% dos belenenses ainda mantém o hábito de fumar. Em 2006, 15% da população de Belém era de fumantes, segundo o estudo. Seis anos depois, o percentual caiu para 8%, e três anos mais tarde, para 7% - recuo de 12,5%, entre 2012 e 2014. O Pará tem, conforme aponta a pesquisa, o 5º menor percentual de fumantes do País, à frente de Teresina (6,7%), Palmas (6,7%), Aracaju (6,6%) e São Luís (5,5%). 
Fumar está cada vez menos popular no Brasil. Cerca de 10,8% dos brasileiros ainda fumam – o índice é maior entre os homens (12,8%) do que entre as mulheres (9%). Os números representam uma queda de 30,7% no percentual de fumantes nos últimos nove anos. Em 2006, 15,6% dos brasileiros se declaravam fumantes. A redução no consumo é resultado de uma série de ações do governo federal para combater o uso do tabaco.

 Foto: Ministério da SaúdeFoto: Ministério da Saúde  
Estudo inédito do Instituto Nacional do Câncer (Inca) demonstra que, entre os brasileiros que fumam cigarros industrializados, cresceu a proporção dos que fumam cigarros de origem ilícita. Em 2008, 2,4% dos fumantes obtinham cigarro proveniente do mercado ilegal – em 2013 o percentual passou para 3,7%. Os dados foram divulgados ontem em cerimônia pelo Dia Mundial sem Tabaco, celebrado em 31 de maio.
“A redução do consumo de cigarro deve ser comemorada, mas o crescimento do consumo de cigarros ilícitos merece total atenção. Sendo legal ou ilícito, o cigarro faz mal à saúde e precisa ser combatido. O diálogo e a participação dos países de fronteira, principalmente do Paraguai, nas ações de coibição do comércio ilegal são fundamentais. Esse será um tema que levarei para o encontro dos ministros da saúde do Mercosul, no próximo mês”, destacou Chioro.
O aumento do preço dos cigarros é uma das principais razões para a redução do consumo. Segundo a Pesquisa ICT/INCA 2013, 62% dos fumantes pensaram em parar de fumar devido ao valor do produto no País. A política de preços mínimos também está diretamente ligada à redução da experimentação entre os jovens, já que cerca de 80% dos fumantes iniciam o hábito antes dos 18 anos.
“A política de preços é determinante para coibir o uso e a iniciação ao tabagismo. Outras ações importantes são a proibição da propaganda do cigarro e do fumo em ambientes coletivos, além da oferta crescente de tratamento para quem quer deixar de fumar. Em 2013, mais de 70% dos brasileiros que tentaram parar foram atendidos pelo SUS”, reforçou Chioro.

DOENÇAS
O tabagismo está relacionado às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) – como câncer, doenças pulmonares e cardiovasculares – e o uso do tabaco é a principal causa de mortes evitáveis. Ainda segundo o Vigitel 2014, o uso de cigarros é maior na faixa etária de 45 a 54 anos (13,2%) e menor entre os jovens de 18 a 24 anos (7,8%).
Os homens fumam mais em Porto Alegre (17,9%), Belo Horizonte (16,2%) e Cuiabá (15,6%) e as mulheres em Porto Alegre (15,1%), São Paulo (13%) e Curitiba (15,6%). O tabagismo é menos frequente em Fortaleza (8,6%), Salvador (9%) e São Luís (9,3%) entre os homens, e no público feminino em São Luís (2,5%), Palmas (3%) e Teresina (3,1%).
A prioridade de atendimento a quem deseja parar de fumar, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), pode ser mensurada pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE: em 2013, 73,1% das pessoas que tentaram parar de fumar conseguiram tratamento, aumento importante em relação a 2008, quando o índice era de 58,8%.
Hoje, das 39.228 equipes de saúde da família, mais de 23 mil em todo o País estão aptas a oferecer tratamento ao tabagismo em 5.460 municípios. Em 2013 e 2014, o Ministério da Saúde destinou R$ 41 milhões para compra de medicamentos (adesivos, gomas e pastilhas de nicotina e bupropiona) ofertados no tratamento contra o tabagismo.























Fonte: Portal ORM
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