quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Índice de 48,9% está mais de dez pontos acima da média nacional

 O Pará desperdiçou quase metade de toda a água tratada no Estado, em 2013, segundo o relatório divulgado ontem pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades. O levantamento identificou o mau uso de 48,9% da água tratada, na localidade. Essa taxa corresponde ao nono maior índice do Brasil, mais de dez pontos percentuais (p.p.) acima da média nacional (37%) de desperdício e quase 2,5 vezes superior ao mínimo tolerado pelas indicações do próprio estudo. De acordo com a pesquisa, o ideal é que a taxa de desperdício seja de até 20%, mas nenhum Estado alcançou essa marca. A principal causa apontada pelo Sistema Nacional é o vazamento em adutoras, redes, ramais, conexões e reservatórios das prestadoras de serviço responsáveis pelo abastecimento.

Entre as Unidades da Federação, o Distrito Federal teve o menor desperdício (27,3%), seguido do Goiás (28,8%), do Rio de Janeiro (30,8%), do Mato Grosso do Sul (32,9%), do Paraná (33,4%), de Santa Catarina (33,7%) e de São Paulo (33,4%). Os maiores percentuais de desperdício foram observados no Amapá (76,5%), em Roraima (59,7%), em Sergipe (59,3%), no Acre (55,9%), no Rio Grande do Norte (55,3%), em Pernambuco (53,7%) e em Rondônia (52,8%). As regiões Norte e Nordeste são as únicas com taxas de desperdício maior que a média nacional, 50,8% e 45%, respectivamente. Depois vêm as regiões Sul (35,1%), Centro-Oeste (33,4%) e Sudeste (33,4%).
Ainda de acordo com o levantamento, dez capitais brasileiras têm índice abaixo da média nacional. São elas, na ordem crescente de taxa de desperdício: Goiânia, Porto Alegre, Brasília, Campo Grande, Rio de Janeiro, Vitória, Florianópolis, Palmas, São Paulo e Belo Horizonte. O pior índice de desperdício nas capitais é em Macapá, 73,6%.
GESTÃO
No relatório, o SNIS ressalta que “em tempos de escassez hídrica, a gestão de perdas de água tem papel fundamental nas ações estruturantes nos prestadores de serviços”. O documento também afirma que os dados apresentados mostram a necessidade de as empresas responsáveis pelo abastecimento de água atuarem em ações para a melhoria da gestão, para a sustentabilidade da prestação de serviços, para a modernização de sistemas e para a qualificação dos trabalhadores.
No Pará, o índice de consumo de água por pessoa (per capita) é de 159,2 litros por dia, um dos maiores do País, mas ainda menor que a média nacional, que está sete litros acima (166,2 litros). O maior consumo médio por habitante está no Rio de Janeiro, onde cada cidadão gasta 253 litros de água por dia. O consumo mais moderado foi registrado em Alagoas, onde, por pessoa, a média é de 99,6 litros. 
O índice de consumo de água tratada no Pará é de 51%. O indicador de atendimento local de água ficou em 42,1%, mas, se considerados apenas os centros urbanos do Estado, o índice sobe para 53,6%. O SNIS observou nos municípios paraenses uma extensão média da rede de água por ligação maior que as das Unidades da Federação nordestinas, cerca de 10 metros por ligação. 
A tarifa média por metro cúbico (m³) de água, no Pará, é a segunda menor do Brasil (R$ 1,73), preço inferior inclusive ao valor médio nacional (R$ 2,85). O índice de consumo médio de energia elétrica em sistemas de abastecimento de água ficou em R$ 0,72 quilowatt-hora por m³ (kWh/m³), quantia maior que a média regional do Norte (R$ 0,65 kWh/m³) e do País R$ 0,68 kWh/m³. O índice de produtividade, medido pelo relatório em empregados próprios por 1000 ligações de água, no Pará, foi de 4,41, passando a proporção alcançada no País (3,18). O Estado tem 3,6 mil pessoas trabalhando no setor, que custam em torno de R$ 53 mil por ano.
A participação da receita operacional direta da água na receita operacional total do Estado do Pará ficou em 90% no ano de referência da pesquisa. A prestadora de serviço do Estado tem 149 dias de faturamento comprometidos com contas a receber. O índice de suficiência de caixa é de 54,4%, terceiro menor percentual do Brasil. A despesa total com os serviços por m³ faturado é de R$ 2,92.



 

 

 

 

Fonte: Portal ORM

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