quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Ex-PM vai a julgamento nesta quarta-feira (22) (Foto: Alex Ribeiro/Arquivo)Rosivan é acusado de ser o mentor e executor do crime (Foto: Alex Ribeiro/Arquivo)


O ex-policial militar Rosevan Moraes Almeida, principal acusado pelo homicídio de seis adolescentes no caso que ficou conhecido como “Chacina de Icoaraci”, vai a júri popular nesta quarta-feira (22), a partir das 8h, no plenário do júri do Fórum Criminal de Belém.
Segundo os autos do processo, seis adolescentes, com idades entre 12 e 17 anos, foram executados quando conversavam em frente a um prédio público, localizado na rua Padre Júlio Maria, em Icoaraci, distrito de Belém, na noite de 19 de novembro de 2011.
“Esperamos que desta vez seja feita justiça neste caso. Devido o medo das testemunhas em falar o que viram, o processo não vai ser fácil. Nas outras audiências, aqui em Icoaraci, os comparsas dos acusados ficavam na frente do prédio, para intimidar as pessoas que iam depor. Os acusados do crime são perigosos, e conhecidos por cometerem vários crimes na Grande Belém. As pessoas tem medo de mexer com eles”, afirmou Ronald Luz, coordenador do Movimento de Paz e Direitos Humanos de Icoaraci.
Para a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) o julgamento é um avanço para a luta contra o extermínio e a tortura da juventude das periferias. “Esses casos devem ser cada vez mais denunciados, pois menos de 10% conseguem chegar a julgamento. É preciso mostrar para a população em geral que há consequências jurídicas na pratica de justiça pelas próprias mãos”, defende Anna Lins, advogada da entidade.
Esta é a segunda data marcada para o júri do ex-militar. A primeira, em agosto passado, foi adiada a pedido do advogado do Cedeca (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente), para localização de testemunhas consideradas imprescindíveis. A previsão é de que sejam ouvidas 19 testemunhas, 15 das quais de acusação.

OS ACUSADOS
Rosivan Moraes de Almeida é ex-cabo da Polícia Militar e apontado como mentor e executor do crime. Na época, ele foi preso em frente à residência da mãe, próximo ao local onde os adolescentes foram executados. Segundo informações, ele já foi acusado de ter envolvimento em outros crimes na Região Metropolitana de Belém.
Antônio Bernardino da Costa, conhecido como ‘Negão do Moura’ foi acusado de ser o segundo homem envolvido na chacina. Por não ter provas suficientes, ele está esperando o julgamento em liberdade.




Fonte: DOL
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